Ontem a tarde fui ao cinema, algo que não fazia a muito tempo. Fui assistir Contágio, com a minha namorada. Filme realmente impressionante, que faz você pensar se tal coisa realmente seria possível.
Porém os comentários que vou colocar, não são meus. Os comentários são do Blog Tem um Coelho no Cinema, do Fernando Coelho, assim como eu, um aficionado por filmes, ele assiste a todos os filmes que estreiam no cinema, vale a pena conferir e acompanhar o Blog dele para quem gosta de saber se o filme é bom ou não. De uma forma simples, objetiva e bem humorada ele consegue transmitir a ideia e sua avaliação sempre equilibrada a respeito dos filmes, geralmente eu sempre sigo as dicas dele. Espero que vocês gostem também.
"Advertência para começar, se você tem qualquer tipo de TOC(Transtorno Obsessivo Compulsivo) cuidado ao ver esse filme, a chance de você querer se levantar da poltrona sem nem relar a mão nela é altíssima. "Contágio" é um longa denso, altamente documental (uma ficção quase realística), com muitos termos técnicos explicativos (o que dificulta um pouco o entendimento) e que muitos vão dizer "Que Filme Chato", mas o teor de tensão que o diretor conseguiu transmitir ao delinear do longa é de sair pensando: "E se isso acontecer mesmo daqui a alguns dias?", pois se você chegar na sua casa e ler a matéria sobre o filme na Isto É, verá o quadro em destaque onde pesquisadores reais afirmam ser algo possível de acontecer o que é mostrado no longa.
O filme narra a disseminação veloz de um vírus transmissível pelo ar que mata em poucos dias. Enquanto a epidemia se espalha cada vez mais rapidamente, médicos de todo o mundo correm contra o tempo para encontrar a cura e controlar o pânico que se espalha mais rápido do que o próprio vírus. Ao mesmo tempo, pessoas comuns lutam para sobreviver diante do desmoronamento da sociedade.
O interessante da história é que por ter grandes atores, souberam dimensionar cada um para o seu lado, envolvendo múltiplas facetas de tudo que pode rolar desde um pai de família que quer cuidar da filha adolescente que não quer ficar em casa, até a médica de alto escalão que quer descobrir a cura, passando por todos os demais, inclusive um vlogeiro famoso (ao melhor estilo PC Siqueira que conhecemos, mas dignamente interpretado por Jude Law) . E com isso temos um cinema de qualidade, pois não está nas mãos de qualquer um e sim de 5 ganhadores de Oscar além de outros grandes atores, colocaria inúmeros spoilers contando sobre cada ator, mas vou preferir deixar que confiram.
Outro fato bacana, é que o diretor exagera em totalidade nos planos detalhe, nunca vi um filme com tantos closes em mãos, barras, vidros, cartões de crédito, botões, telefones, e por aí vai para mostrar realmente a forma de transmissão, todos que viram o que rolou com o H1N1 ano passado vai se lembrar claramente como os noticiários falavam tanto. E assim o diretor cria a camada chamada tensão de espectador, o qual chega a dar nervoso com o povo tossindo na sua cara, ou logo após passando a mão em algo público, e um dado do filme que chega a ser desesperador que tocamos a mão de 3000 a 5000 vezes por dia no corpo.
Um ponto que ao mesmo tempo é positivo, mas pode cansar é que como o longa se passa em muitas cidades, o que foi um ótimo trabalho da produção/direção de arte (afinal não sei se gravaram realmente nas várias cidades), então a todo momento aparecem as legendas embaixo identificando a cidade e a população, chega a ficar enumerado demais pro meu gosto. Porém consegue mostrar que se vai atingir vai com tudo. Outro ponto favorável da arte foi ter gravado cenas em lugares oficiais como alguns Centros de Controle, o que deu mais fidelidade ainda pro longa.
As trilhas, achei um pouco fora de colocação, mas não atrapalham, porém a sonoridade nas cenas em que fica sem trilha nenhuma é de dar desespero, ainda mais por serem cenas de tensão extrema, na qual o público da sala também está agonizante, então não se ouve um barulho mínimo na sala nem no filme, apenas acompanhando as imagens, de tirar o chapéu na escolha disso.
Enfim, como falei no início terá muita gente que não irá gostar do filme, principalmente por ter a característica realística, mesmo sendo uma ficção, o público acaba não gostando muito de ver algo possível e até meio que jornalístico, mas é um filme de uma excelência ímpar a qual o diretor soube aliar história (fatos recentes reais e ao mesmo tempo incorporar um bom tanto de ficção possível de acontecer) com grandes nomes de Hollywood. É bem interessante de assistir e refletir com amigos depois, não é perfeito, mas eu recomendo sim. Encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal."
Escrito por FERNANDO COELHO, do BLOG "TEM UM COELHO NO CINEMA"
Para quem quiser saber mais sobre o assunto deixo um link sobre uma reportagem que o site da UOL fez sobre o tema. Clique aqui.
Trailer: