domingo, 21 de outubro de 2007

O que vem depois da felicidade?

Sinto um enorme vazio. Como se algo estivesse faltando. Quero dizer, existe algo que está realmente faltando mas eu não sei o que é. É como eu tivesse perdido a memória, ou como quem acaba de despertar de um sonho mas não consegue lembrar o que sonhou, apenas sabe que sonhou.
E às vezes, em meu deserto particular, na solidão de mim mesmo, procuro vestígios em minha mente, fragmentos em meu coração para que pelo menos eu possa achar uma pequena pista que me leve a descobriro porque deste imenso vácuo na minha medíocre vida.
Fico pensando, será que é a felicidade que me falta? Mas enfim o que é a felicidade? Dinheiro? Realização profissional? Um verdadeiro amor?
E o que tem depois da felicidade? O que existe além do arco-íris?
Se eu conseguisse dinheiro que pudesse comprar tudo, tivesse uma mulher linda em todos os aspectos a quem amar, uma familia perfeita ( se é que existe ), filhos e etc. E depois?
Depois que se consegue tudo, se realiza todos os sonhos, o que acontece? A morte?
Qual realmente é a nossa missão nesse planetinha azul? Nascer, crescer, estudar, trabalhar, casar, gerar filhos e morrer? ( Não necessáriamente nessa ordem e nem precisa ser todos esses passos).
Deve haver algo além disso...
Será que a resposta é Deus?
E se a resposta é Deus onde Ele está? Sei que na igreja é o último lugar que O encontraria.
Hoje as pessoas vão às igrejas atrás de reconhecimento, poder, elogios, aplausos, bençãos, carros, empregos, curas físicas, cuidar da vida alheia menos a procura de Deus.
Chego a conclusão que não sou daqui. Não sou deste Mundo, nem desse tempo. Não sei o que fazer também. Apenas tento sobreviver nesse caos, jogando conforme as regras até achar a saída daqui, não sei ainda se a saída é a morte, talvez sim, talvez não. Apenas sei que estou cansado de tudo isso.
Muito cansado.
[Adilson Carlstrom Junior]

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

My Way - Camisa de Vênus

E agora que o fim esta perto
E eu encaro esse momento
Meus amigos, eu vou confessar
Os meus pecados e sentimentos

Vivi a mil por hora
E por caminhos que eu nem lembro agora
E mais, bem mais eu sei
I did it my way!!!

Remorsos, eu tenho alguns
Mas mesmo assim
São muito poucos

Eu fiz o que tinha que fazer
Enquanto voces gritavam
Bota pra foder
Eu planejei

Cada jogada
Cada trepada
Por essa estrada
E mais, bem mais eu sei
I did it my way

Naqueles tempos
Eu era um menino
Que já sabia, do meu destino
E caminhando de norte a sul
Eu vi muita gente, tomar no cu

Eu entendi
E não esqueci
I did it my way

Andei, sorri, chorei
E me entreguei
Ao meu trabalho

E agora
Que passou o tempo
Eu acho chato, chato, chato
Pra caralho
Não ter
O que prometer
E não saber mais
O que dizer

Ooo não!!!
Ooo não!!!
I did it my away

Pra que serve o homem
O que é que ele tem
Ou é um puta barão
Ou João ninguém

Fazer as coisas
Que desejou
Comer as mulheres
Com quem sonhou

Eu me fodi
Mas resisti
I did it my, my, my way.

[Camisa de Vênus]
"Eu não miro com a mão; aquele que mira com a mão esqueceu o rosto de seu pai.
Eu miro com os olhos.
Eu não atiro com a mão; aquele que atira com a mão esqueceu o rosto de seu pai.
Eu atiro com a mente.
Eu não mato com a arma; aquele que mata com a arma esqueceu o rosto de seu pai.
Eu mato com o coração."

[A Torre Negra - VOL III "Terras Devastadas" - Stephen King]

Quando eu morri

Camisa de Vênus - Quando Eu Morri Marcelo Nova

Quando eu morri em dezembro
De mil novecentos e setenta e dois
Esperava ressuscitar e juntar os pedaços
Da minha cabeça um tempo depois
Um psiquiatra disse
Que eu forçasse a barra
E me esforçasse pra voltar à vida
E eu parei de tomar ácido licérgico
E fiquei quieto
Lambendo minha própria ferida
Sem saber se era crime ou castigo
E se havia outro cordão no meu umbigo
Pra de novo arrebentar
Pois eu fui puxado à ferro
Arrancado do útero materno
E apanhei pra poder chorar
Quando eu morri suando frio
Vi Jimmy Hendrix tocando nuvens distorcidas
Eu nem consegui falar
E depois por um momento
O céu virou fragmento do inferno
Em que eu tive de entrar
Eu sentia tanto medo, só queria dormir cedo
Pra noite passar depressa
E não poder me agarrar
Noites de garras de aço
Me cortavam em mil pedaços
E no outro dia eu tinha de me remendar
E se a vida pede a morte
Talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui
E a cada beijo do desejo
Eu me entorpeço e me esqueço
De tudo que eu ainda não entendi

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Meu Mundo

Não sou daqui. Não sei quando cheguei, só sei que não sou daqui. Aprendi uma língua que não é a minha, aprendi valores que ferem a minha alma. Valores humanos que valorizam o metal. Estou preso dentro de um corpo que não é o meu. Um corpo frágil, doente e fraco. Cheio de vícios, de dores, escravo dos desejos da carne.
Porque? O que fiz para pagar este preço? O que tenho que aprender ainda? Quando terminará minha sentença? Onde é a porra da saída?
Quero voltar para o meu Mundo, onde conversavamos com o coração, onde a única coisa que tinha valor era o amor, não existiam prisões de carne, apenas energia, a mais pura e branca energia, onde você não precisava ter, apenas ser.
[Adilson Carlstrom Junior]

Horário de Verão

Chegou o horário de verão. Uma hora arrancada desse dia. Portanto hoje viverei apenas 23 horas. Adiantam as horas, encurtam a minha vida, apressam a minha morte.

[Adilson Carlstrom Junior]

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Castelo de Areia

Estou triste. Não sei bem se tristeza é o que estou sentindo agora. Talvez decepcionado seja a palavra mais adequada. Sabe quando agente acha que uma coisa está caminhando para um final feliz e de repente, você vê tudo desmoronando em sua frente? Tipo, quando você era pequeno (ou grande mesmo) e fazia aquele lindo e imenso castelo de areia, passava um certo tempo construindo, enquanto a maré se aproximava e sem você perceber derruba todo aquele trabalho?
Mais ou menos isso que estou sentindo, meu castelo de areia sendo levado pelas ondas do mar da vida... Toda vez que começo a construir algo, uma onda vem e derruba... isso acaba me cansando. As vezes chego a perder as esperanças... mas só por um tempo... Não sei até quando vou continuar nesse estado... Sinceramente queria mudar essa situação, quem sabe um dia...
Enquanto isso, ouço meu Pink Floyd e tomo minha dose de Run...

[Adilson Carlstrom Junior]

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Batalhas

Meus dias são batalhas. Luto pela sobrevivencia, pela minha sobrevivencia. Cada dia tenho que provar meu valor, cada dia corro atrás da vitória, sempre tenho que ser o primeiro, todos os dias tenho que alcançar a minhas metas, os meus objetivos. Não posso pensar em me cansar, os inimigos são muitos assim como a minha fadiga, penso em parar, mas não posso, não tenho mais volta, estou nesse mundo, tenho que seguir meu caminho, nunca olhar para trás, sempre em frente, um passo de cada vez...
Provas, desafios, objetivos, alvos, metas, são palavras que estão encravadas na minha vida, entraram sem pedir licença... Tenho que provar que sou capaz. Mas para que? Para quem?
Para este mundo imbecilizado envenenado pelo metal ouro, corrompido até a alma...
Mas essas são as regras do jogo, do jogo chamado Vida.
[Adilson Carlstrom Junior]

Necessidade

Necessito escrever.
Necessito escrever mesmo que falte 4 min. para sair de casa e ir trabalhar.
Necessito escrever mesmo que seja apenas duas linhas.
Necessito colocar palavras, expressar pensamentos e sentimentos...
Necessito escrever, mesmo que ninguem venha a ler, mesmo que não gostem, mesmo que gostem mas não comentem, apenas sei que necessito escrever.
Porque a minha alma é maior que o meu corpo, e ela vive apertada dentro de mim, sufocada, e escrever é a única maneira que tenho de alivia-la, é apenas um "banho de sol" de um prisioneiro em uma prisão sem grades.

[Adilson Carlstrom Junior]