A maratona "A Profecia" continua. O título logo de cara diz o que estaremos prestes a assistir. De fato parece ser o último episódio desta franquia, porém como é uma "quadrilogia", o filme deixa uma brecha para uma quarta e última (?) parte.
O filme anterior, A Profecia 2, nada mais é do que uma ponte para este terceiro episódio. O "fetinho do mal", Damien (interpretado por Sam Neill), agora é um dos adultos mais influentes do mundo, dono de uma multinacional que trabalha com armamentos e energia e até alimentos. No entanto ele é agora convidado para ser embaixador do Estados Unidos na Inglaterra.
Se no primeiro filme, a igreja era sua inimiga e no segundo era a ciência, neste terceiro, os dois (igreja e ciência) se unem para derrotar o mal encarnado.
Baseado em uma profecia de um livro bíblico apócrifo (o filme não menciona qual) Damien crê que o Messias está renascer e destruir o anti-cristo. Um alinhamento de três estrelas formam o que seria uma segunda Estrela de Belém, e indicaria o renascimento de Jesus, detalhe, na Inglaterra. Os astrônomos avisam os padres deste fenômeno, e logo sete deles são designados a matar o anti-cristo, cada um com um punhal sagrado. O mesmos punhais dos dois filmes anteriores. Novamente percebemos erros grotescos de pesquisa bíblica, fazendo uma tremenda confusão e misturando o Apocalipse de João com o nascimento de Cristo.
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| Damien - Usando seus poderes para controlar os cães. |
Bem, o que vemos então diante deste cenário maluco que deixaria qualquer teólogo de cabelo em pé, são os padres sendo eliminados um a um (de modo ridículo e sem sentido) ao tentar matar Damien. Este, agora mais poderoso, usa do seu poder sobrenatural e do seu amigo, o rottweiler maligno com poderes hipnóticos do primeiro filme, para matar qualquer um que atravesse sua frente.
O filme é o mais fraco dos três, a história como podem ver, um absurdo, os cenários são até que belos, principalmente quando acontece a caça a raposa, mostrando os belíssimos bosques ingleses. Os diálogos muito vazios, principalmente o discurso de Damien aos seus seguidores (uma multidão), ele chega a repetir três vezes a mesma coisa, ao dar a ordem para matar todos os bebês nascidos em 24 de março (igual o que o rei Herodes fez, relatado nos Evangelhos) e o que acontecerá se eles falharem. Um discurso repetitivo e muito pobre.
A cena que ele conversa com um crucifixo gigante que fica dentro de um cômodo totalmente vazio, na casa dele, também é bem fraca. Me pergunto: Porque o anti-cristo teria a imagem de Cristo (seu inimigo) no quarto onde ele "conversa" com o seu pai (satanás)? É o mesmo que um cristão ter uma imagem do diabo, em seu quarto onde faz suas orações ou em seu templo onde presta seus cultos, algo sem sentido.
Para não se dizer que o filme é 100% falho em relação as doutrinas e histórias bíblicas, no final (ideia de algum cristão, acho), resolveram colocar uma mensagem que explica que a segunda vinda de Cristo não será como um bebê, mas sim, que Ele descerá dos céus como o Rei das Nações. O que me deixou um pouco aliviado.
No geral, um filme bem fraco. Quem assistiu os dois primeiros talvez assista o terceiro mais por curiosidade, apenas para saber como será fim de Damien, se é que ele tem um fim.
Trailer:
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