quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O Planetinha

Perdido no meio do nada, havia um simpático planeta azul. Esse planeta vivia em paz e harmonia. Nele existia muito animais de várias espécies, inúmeras aves coloridas, milhares de cardumes, também havia lindas florestas, campos cobertos de coloridas flores, montanhas gigantescas, rios de águas frescas e cristalinas, tudo era quase perfeito.
"Quase" porque nesse planeta paradisíaco também vivia um animal, um animal diferente dos demais, um animal que não possuia presas, possuia dentes, não possuia garras, tinha mãos, não tinha patas, tinha pés. Esse animal não andava de quatro como a maioria dos mamíferos, ele andava em pé, e o pior de tudo, ele pensava e por pensar se achava inteligente.
Na verdade o que esse planetinha não sabia é que esse ser que nele habitava, era na verdade uma "célula cancerígena", e o tempo foi passando e essa célula foi-se multiplicando e crescendo, se organizando em sistemas mais complexos.
Então o planetinha começou a ficar doente e de azul celeste passou para um azul acinzentado, seus animais começaram a morrer caçados (quer dizer, assassinados), suas matas foram reduzidas a cinzas por causa dos incêndios, seus vales antes coberto de flores, agora eram cobertos de sangue por causa das guerras que o tal animal criava entre eles, as florestas de madeira foram substituidas por florestas de concreto, seus rios secaram ou viraram esgostos abertos.
Milhões de anos depois, esse câncer tomou conta de todo planetinha, e hoje ele se encontra em estado terminal, o planetinha sofre de terríveis febres, tremores, seu corpo está todo marcado com feridas purulentas. E ele sabe que logo, tudo estará terminado, então calmamente, deitado em um leito ele espera por duas coisas: Um milagre ou o fim.
[Adilson Carlstrom Junior]

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